Vamos analisar por partes. Mario & Luigi estreou no Game Boy Advance, em 2003, e Paper Mario em 2001, no Nintendo 64. Ambos eram RPGs, mas com características um pouco diferentes. Paper Jam reúne o melhor de ambas as séries, criando um jogo fresco e inovador. Embora o gameplay seja mais voltado para Mario & Luigi, com combates e exploração fiéis à série original, os detalhes de Paper Mario adicionam diversidade e oferecem novas opções dentro do jogo.

A história é simples, mas envolvente e hilariante. Luigi acidentalmente deixa cair um livro que contém todos os personagens do mundo de Paper Mario, fazendo com que eles ganhem vida e se espalhem pelo mundo. Assim como o Mario de papel vagueia por aí, o Bowser de papel também ganha vida própria. Como era de se esperar, os dois Bowsers se unem e capturam as princesas Peach, tanto a “real” quanto a de papel. Agora, cabe aos nossos três amigos, Mario, Luigi e Mario de papel, a tarefa de mais uma vez salvar as princesas. Estão dadas as condições para uma nova jornada!

O jogo possui um combate extremamente viciante, muitas vezes dando vontade de parar um pouco na história para treinar os personagens. Não que seja necessário, pois o jogo é relativamente acessível, mas é simplesmente divertido. Cada personagem possui seu poder especial, todos relacionados com elementos do universo de Mario. Além disso, cada ataque ou esquiva depende dos nossos reflexos, tornando o combate mais dinâmico. Já existiam os Bros. Attacks, e agora temos os Trio Attacks, onde as três personagens se juntam para um combo gigante, aumentando a diversidade das batalhas. Ao longo do jogo, também existem mini-jogos regulares, como o Toad Rescue, onde temos que encontrar vários Toads de papel em estilo “esconde-esconde”, e o Papercraft, que é ainda mais divertido. Nele, temos lutas entre bonecos de papel gigantes, onde nosso Mario, também gigante, deve derrotar um Goomba igualmente gigante. Esses são apenas alguns exemplos das novidades que foram adicionadas, oferecendo uma grande variedade ao jogo.

É incrível como o humor está presente desde o início até o fim do jogo. Seja nos discursos patéticos dos Bowsers ou nas simples animações dos inimigos fugindo, o jogo possui uma narrativa hilariante, o que nos faz querer explorá-lo cada vez mais. É um título onde a expressão “simples, mas bom” se encaixa perfeitamente. É extraordinário como a união dessas duas séries funcionou tão bem e conseguiu criar conteúdos novos e originais. O jogo também possui suporte para utilizar os Amiibos, tanto as figuras quanto uma série de cartas que serão lançadas no futuro. Certamente isso adiciona um toque extra às batalhas e dá aos jogadores motivos para adquirirem essas cartas.

Sem dúvida alguma, é um dos melhores RPGs para o Nintendo 3DS deste ano. Os belos e coloridos gráficos, que ficaram ainda melhores com o efeito 3D, a exploração e o combate, com elementos novos, além dos desafios ao longo da história, formam a combinação perfeita para um grande título. Espero que haja uma sequência, tão boa ou até melhor que esta!